10 julho 2013

Triquetra

Triquetra (Particularmente um dos simbolos que mais gosto)
      
   Triquetra é uma palavra derivada do Latim (triquaetra) cujo significado original era triângulo.É um símbolo tripartido composto por três vértices entrelaçadas, marcando a intersecção de três círculos, formando um triângulo.Similar a um tríscele (triskle) e pode ser interpretada como uma representação do Infinito nas três dimensões ou a Eternidade.
      A Triquetra era um símbolo muito comum na civilização Celta, devido o seu enorme poder de proteção. Encontrado inscrito em pedras, capacetes e armaduras de guerra, era interpretado como a interconexão e interpenetração dos níveis Físico, Mental e Espiritual.
O círculo frequentemente visto ao redor da triquetra, assim como no pentagrama, representa a perfeição e a precisão. Círculos são muitas vezes elaborados em torno de nós celtas para representar a unidade espiritual com o Divino,uma conexão que não pode ser quebrada.


      Para a simbologia Wicca (pagã) a triquetra representa a Deusa e sua natureza tríplice, a mãe, a virgem e a anciã, que respectivamente representam a vida (mãe), a morte (anciã) e o renascimento (a virgem) e as três forças da natureza terra, ar e água. Os círculos interiores entrelaçados significam ainda o elemento feminino e a fertilidade.De qualquer modo, o número três parece estar ligado ao santificado em diversas culturas.Ele representa os Deuses em ligação com o homem através da alma humana, unindo o espiritual imortal ao humano mortal. Talvez seja por isso que este símbolo viaja tão facilmente entre culturas e povos sendo assimilado sem quase nenhuma rejeição.

Pentagrama


Pentagrama

O pentagrama tem sido associado desde muito tempo ao mistério e a magia. Esse símbolo é sem dúvida o mais reconhecido por todos os seguidores do paganismo e é tão antigo que sua origem é desconhecida. Tem sido utilizado em todas as épocas como talismã.

Para os Pitagóricos, simbolizava a saúde e o conhecimento.

Numerologicamente, o pentagrama é a soma do elemento 2 (feminino) e 3 (masculino). É o símbolo da união e a síntese, é o número dos dedos de uma extremidade e número dos nossos sentidos.

Para as correntes esotéricas, o pentagrama é formado por cinco extremidades cercadas por um círculo. As cinco extremidades representam os 5 elementos: a terra, o ar, o fogo, a água e o espírito.

Também é reprezentado com o desenho de um homem dentro de seu interior. Leonardo da Vinci vê essa representação no homem de Vitruvio. Quando o pentagrama é desenhado dentro de um círculo, une todos os aspectos do homem. Esse círculo mostra que tudo é um ciclo. A extremidade acima do pentágono representa a supremacia do espírito no corpo e no poder que esta tem no nosso corpo.

Na antiga Mesopotâmia era o símbolo de poder imperial.

Entre os Hebreus, representava a Verdade e os cinco livros Pentateuco, que tem para os Judeus o nome de Thora, que quer dizer a "lei escrita" revelada por Deus.

Para os egípcios era o útero da Terra, mantendo uma relação de simbolismo com as pirâmides.

Para os Druidas era um símbolo da cabeça de Deus.

Na Idade Média, era um símbolo da Verdade e de proteção contra os demônios.

Para os medievais adéptos do cristianosmo, o pentagrama era atribuído as 5 estigmas de Cristo.

Para os chineses, representa o ciclo da destruição, que é a base filosófica da medicina tradicional chinesa. Nesse caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado pelo outro, a Madeira é gerada pela Terra, o que dará origem a um ciclo de criação. Para que exista o equilibrio, existe um elemento inibidor, que nesse caso é o oposto, a Água inibe o Fogo.

Para os Celtas, representava a deusa Morrigham, deusa que era ligada ao Amor e a Guerra.

Também simboliza o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina.


01 maio 2013

Simbolos



Os símbolos (gr: súmbolon) são elementos de representação (visíveis) que substituem e indicam coisas, idéias, pessoas, quantidades, qualidades e espaços não visíveis naquele momento, ou seja, visíveis de forma subjetiva ao contato com o símbolo.
As religiosidades (neo)pagãs e os praticantes de magia e bruxaria utilizam-se de diversos símbolos com os mais variados significados para exercer em suas práticas conexões com forças, imagens, idéias e energias específicas. Durante os séculos os povos têm desenvolvido símbolos que permitem uma maior interação entre eles e entre todos os seres e coisas que os rodeiam.
A variedade de símbolos é infinita, já que eles podem ser criados pelo praticante para atender a determinada necessidade evocatória de suas práticas.
O uso dos símbolos tem ligação direta com os instrumentos, eles servem para focalizar o pensamento, as intenções e o direcionamento energético através da evocação de um significado específico para cada momento. Conhece-los é imprescindível para quem deseja praticar satisfatoriamente qualquer tipo de magia e bruxaria.


Simbologia na WICCA

Na prática da arte da Grande-Mãe e seu Consorte, podemos acrescentar uma simbologia mágica que nos permite a melhor sintonia com os elementais. Para tanto, magos e bruxos de todo o mundo, através do conhecimento milenar puderam propagar esta simbologia que nos permite alcançar o efeito desejado em nossas práticas mágicas pessoais.
Cada símbolo com o passar dos séculos, foi incorporado na Arte Wicca, devido a sua eficácia - seja no contexto mágico ou religioso. Muitos destes símbolos são utilizados para a prática ritualísticas de bruxos e bruxas, servindo para focalizar a energia mágica bem como os instrumentos.
Na astrologia temos diversos símbolos que representam planetas e signos. A maior parte deles vem sendo também fortemente utilizados na Wicca. 

Rituais Preparação



PREPARAÇÃO


Ao iniciar um ritual, algumas pessoas começam o círculo pelo leste, outras preferem a maneira Celta e começam pelo norte. Na Tradição Celta, o norte é sagrado, pois é pelo norte que o guerreiro entra no círculo do conhecimento, e foi pelo norte da terra que os celtas vieram para a Europa. Uma forma de traçar o círculo é dizer: PELO PODER DA DEUSA E DO DEUS, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO SAGRADO. DESTE ESPAÇO NENHUM MAL SAIRÁ, E NELE NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR. Pode-se parar em cada quadrante e convidar os Elementais para entrarem no círculo. Antes do ritual ser iniciado, o lugar em que é traçado o círculo deve ser varrido com a vassoura para eliminar qualquer negatividade. Mesmo assim, deve-se evitar realizar qualquer ritual em locais negativos. Na maioria das vezes, o círculo é traçado no sentido horário durante os Sabbats e no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos trabalhos para banir energias negativas. Dentro do círculo deve haver um símbolo em cada quadrante representando os quatro elementos: água, sal ou qualquer objeto marinho para a água a oeste; uma vela ou enxofre para o Fogo ao sul; um pouco de terra ou uma planta para a Terra ao norte; e uma pena ou incenso para o Ar ao leste. Esses elementos podem ser substituídos por velas na cor dos quadrantes. Na Tradição Celta, as cores são: negro para o norte, representando a meia noite; vermelho para o leste, representando o nascer do sol; branco para o sul, representando o sol do meio dia; e cinza, azul ou púrpura para o oeste, representando o crepúsculo.

Antes de iniciar o ritual, tudo já deve ter sido planejado com antecedência, e as funções de cada um já devem estar determinadas. Terminado o ritual, a mesma pessoa que traçou o círculo deve abri-lo, fazendo o traçado no sentido oposto ao da abertura, e também deve se despedir das entidades que foram convidadas e agradecer a sua ajuda, dizendo: PELO AMOR DO DEUS E DA DEUSA, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU ABRO ESTE CÍRCULO SAGRADO. ELE ESTÁ ABERTO, MAS NÃO QUEBRADO. QUE ELE SEJA ENVIADO AO UNIVERSO. QUE ASSIM SEJA PARA O BEM DE TODOS. 

É muito importante a criatividade nos rituais. Eles não devem ser interrompidos e, salvo em caso de necessidade, nenhum membro deve sair do círculo até o final. Se isso tiver que ser feito, deve-se pular a vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá que ser feito novamente. Se alguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do círculo. Grávidas, pessoas idosas ou muito jovens devem ter cuidados especiais. Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13 anos, ou, no caso das meninas, após a primeira menstruação. Não é comum crianças pequenas nos rituais, mas elas podem participar de alguns rituais em família. Para os que têm filhos, é aconselhável que se criem rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam seu amor pela natureza. Um exemplo seria criar um ritual simples para que as crianças consagrassem um jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação. 

Todo ritual que não seja de adoração, isto é, que seja feito para se alcançar um propósito ou realizar algum desejo, é chamado de Feitiço ou Encantamento. Quase todos os desejos e problemas humanos encontram soluções nos feitiços. Dentro da Wicca não se faz o que chamam de Magia Negra, pois acreditamos que tudo o que fizermos voltará para nós multiplicado por três. A Magia Negra não é só aquela em que se deseja o mal para outras pessoas, ou rituais com o uso de sangue ou sacrifícios. Magia Negra também pode ser interferir no Livre Arbítrio de outras pessoas. Isso acontece muito em feitiços de amor, pois várias pessoas desejam se casar com determinada mulher, ou que o marido volte, ou que a filha deixe aquele namorado. Essas pessoas não parecem ter a menor preocupação com a vontade alheia. Para a tristeza das "mães bem-intencionadas", suas filhas têm o direito de escolher os seus relacionamentos e de dar cabeçadas na vida, pois, talvez, ela necessite até carmicamente dessa experiência para evoluir como ser humano. Além do mais, as pessoas têm o péssimo costume de julgar os outros pelas aparências e, muitas vezes, são vítimas de seus preconceitos e cometem grandes injustiças. é muito melhor fazer um ritual de proteção para que os Deuses orientem seus filhos no caminho certo, e deixar que eles vivam suas vidas com o mínimo de interferência. Quanto aos rituais de amor, uma pessoa nunca deve forçar outra a amá-la, e muito menos a casar com ela. O casamento de nossos sonhos pode se tornar um grande pesadelo. Muitas pessoas se casam através desses rituais de "amarração", para verem, depois de algum tempo, aquela paixão forçada se transformar em puro ódio. Correto seria pedir aos Deuses para que lhe mostrassem a pessoa certa para lhe fazer feliz e também ser feliz a seu lado, pois as pessoas que querem fazer feitiços de amor raramente parecem se preocupar com a felicidade do outro. Mas se a pessoa tem certeza de que é amada, e existem obstáculos ao bom relacionamento, um feitiço pode ser feito para afastar esses obstáculos. Sempre que terminar um feitiço, diga: QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS. Confie na sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa. 

Antes do ritual deve-se determinar exatamente o que será feito, para que não haja dúvidas durante a execução. Se tiver um Animal Guardião, poderá chamá-lo para ficar em sua companhia durante o feitiço. Para se fazer um feitiço, é importante que se tenha: desejo, concentração, visualização e expectativa. é preciso ter um forte desejo, pois um feitiço depende muito da carga emocional que você conseguir projetar nele. é preciso saber exatamente o que se quer e permenecer firme nessa idéia. Também é necessária uma boa dose de concentração para que não se desvie do objetivo e seja possível manter uma imagem fixa do seu desejo durante o ritual. Para que um desejo atinja os níveis mais profundos de nossa mente é necessário que ele seja expresso em imagens, pois o inconsciente trabalha através de símbolos e não de palavras. é importante que se consiga fazer uma visualização do desejo realizado, num quadro o mais perfeito possível. No começo pode parecer difícil, mas seria bom fazer alguns exercícios de visualização, como olhar para um objeto, fechar os olhos e tentar vê-lo novamente com o máximo de detalhes. Ou simplesmente tentar criar cenas mentais, o mais exatas possível. Mas a boa visualização não significa apenas ver o objeto. Se imagina-se uma fruta, o certo é imaginar seu gosto, cheiro, textura etc. A boa visualização leva em conta todos os sentidos. Finalmente, é preciso ter uma expectativa favorável, isto é, é preciso acreditar realmente que o feitiço vai funcionar. Muitas vezes essa é a parte mais difícil, pois seria preciso manter o espírito confiante de uma criança, mas as pessoas, com o passar do tempo, aprender a duvidar, especialmente se o feitiço demora um pouco para acontecer. Tudo no Universo tem seu tempo certo, e às vezes é preciso ter paciência e esperar o momento favorável. 

Em muitos feitiços pode ser necessário usar um Condensador Psíquico, isto é, uma substância que ajuda a concentrar energias. Um ótimo condensador é a camomila. Deve ser feito um chá bem forte, que deve ser coado e esfriado. Durante o feitiço deve-se deixar cair algumas gotas no material utilizado. A concentração de energia será muito mais rápida e fácil. Por último, é preciso ter paciência e aprender com os próprios erros, pois, quando se está começando no mundo da Bruxaria, nem tudo ocorre como desejado.

30 abril 2013

Os Esbats



Além dos oitos Sabbats, os povos celtas celebravam também os Esbats, ou seja, as treze luas cheias ao longo do ano solar. A lua cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do princípio cósmico feminino, na forma das deusas lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os deuses – solares e guerreiros -, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a lua cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "caçadores de bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "adoração pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de bruxas e manifestações do demônio.

A palavra Esbat deriva do verbo esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "estrus" – o ciclo lunar de fertilidade -, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.

Durante os Esbats, reverencia-se a força vital criativa, geradora e sustentadora do universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de lua cheia ou o plenilúnio, é o auge do poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.

Atualmente, os plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.

Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se o punhal ritualístico (átame) ou um bastão consagrado, direcionando-o para um cálice com água. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles da água "lunarizada" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das direções e os elementos correspondentes, criando-se o círculo mágico.

Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a lua cheia, a Lua se encontra no signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal divino, representado por deuses solares e deusas lunares, escolhidos conforme as características astrológicas e espirituais do mês.

18 março 2013

Ritual do Sabbat Mabon



Comece  fazendo  um círculo  com cerca de 3m  de  diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.
Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.
Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo: COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.
Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga: OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.
Volte-se para o sul e diga: OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.
Volte-se para o oeste e diga: OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga: OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.
Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga: AR, FOGO, ÁGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.
Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERÃO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!
Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira esquerda com a espada cerimonial ou com a vareta.

Mabon



Primeiro dia do outono (Equinócio do Outono).

No Hemisfério Sul, ocorre no dia 20/Março



O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotisa e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).


Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.

14 março 2013

Ritual do Sabbat Lammas



Comece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabbat Lammas do ano anterior. à direita (leste da vela), coloque um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento Terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.

Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a para direita, enquanto diz: COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU CONSAGRO E TE INVOCO, OH CÍRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABBAT. SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEÇÃO INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga: NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO FOGO.

Acenda o incenso e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR.

Segure o punhal na mão direito e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga: NESTE CIRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPIRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MISTICO ELEMENTO TERRA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPIRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MISTICO ELEMENTO ÁGUA.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga: OH SENHORA DA COLHEITA EU TE AGRADEÇO POR NOS SUSTENTAR NAS PRÓXIMAS ESTAÇÕES E PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA. ASSIM SEJA.

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbat: SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. Á DEUSA VÓS DEVEIS VOLTAR. ABENÇOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo na direção esquerda com a espada cerimonial. Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.

11 março 2013

Lammas


Hemisfério Norte: 1o de Agosto
Hemisfério Sul: 2 de Fevereiro

Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Primeiro Festival da Colheita, o Sabbat Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabbat (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.
Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.

A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabbat para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte. Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.

Incensos: aloé, rosa e sândalo.
Cores das velas: laranja e amarela.
Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Ervas ritualísticas tradicionais:
flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

17 dezembro 2012

Ritual do Sabbat Litha



O ritual que se segue é tradicionalmente realizado pelos Bruxos numa clareira na floresta, num grande jardim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza. Comece arrumando pedras no chão para formar um grande círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente uma vara de sorveira recentemente cortada), trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo (estrela de cinco pontas) dentro de círculo de pedras. Acenda cinco velas verdes para simbolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma em cada ponta do pentagrama, começando pelo leste e continuando pela direita.
Monte um altar ou coloque uma pedra grande e achatada no centro do pentagrama, voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado dela, acenda uma vela branca de altar. No ponto cardeal correspondente ao Ar, coloque um sino de latão, consagrado, e um incensório de olíbano com incenso de mirra. No ponto cardeal correspondente à Água, coloque um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água fresca da chuva).
Abençoe o vinho, cobrindo o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz: EU CONSAGRO E ABENÇÔO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. Salpique um pouco de sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga: COM SAL E ÁGUA EU CONSAGRO E ABENÇÔO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA.
Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu, feche os olhos e preencha a sua mente com pensamentos e visões agradáveis da Deusa Mãe, enquanto diz: OH, ABENÇOADA MÃE TERRA, DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO, A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO. EM TEU NOME SAGRADO E SOB A TUA PROTEÇÃO INICIA-SE ESTE RITUAL DO SABBAT.
Faça soar o sino três vezes e invoque: ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E FORMOSA, MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA, EU INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM. Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos. Leve o cálice de vinho aos lábios. Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama, como libação à Deusa, enquanto diz: EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO UMA OFERENDA A TI, OH GRACIOSA DEUSA DO AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.
Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça soar o sino três vezes e diga: COM O SOL NO SEU ZÊNITE EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO EM HONRA A TI, OH GRANDE DEUSA. E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU GRAÇAS. À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER O TEU AMOR DIVINO E OS TEUS PODERES DE CURA CRESCEM MAIS FORTES.
Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Faça soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre: ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É VIDA. A DEUSA É AMOR, ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR QUE MUDA AS ESTAÇÕES E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO. ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS. A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES. ELA É A VIDA, ELA É A MORTE, ELA É O RENASCIMENTO. ELA É O DIA, ELA É A NOITE, ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ, ELA É TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. ASSIM SEJA.
O Ritual do Solstício do Verão deve ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa. O Solstício do Verão é o momento tradicionalmente propício à colheita de ervas mágica para encantamentos e poções (especialmente as da magia do amor). é também o tempo ideal para realizar divinações e rituais de cura, e para cortar varetas e bastões de divinação.
Observação:
A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.
As conexões com os quadrantes varia muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação "padrão" Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
O Norte é a terra escura, misteriosa, de onde "vinham os deuses"
O Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles. O Oeste tem o oceano (água). O Leste traz os ventos do continente
Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou coven modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.